sábado, 17 de abril de 2010


A Pesquisa como Eixo de Formação Docente
Maria Tereza Esteban e Edwiges Zaccur
Com o distanciamento cada vez maior da teoria e prática, acrescido da fragmentação formativa dos cursos de licenciatura e da “inutilidade” do processo educacional que este aí posto, apesar dos avanços, a escola e os modelos de ensino-aprendizagem tradicional, ainda estão formando uma geração de alfabetos funcionais.
Em consenso com as idéias de Esteban e Zaccur (2002), uma contra proposta a esta situação, seria o investimento em pesquição-ação, ou seja, a pesquisa feita por aqueles que se encontram no lócus da ação, que vivenciam cotidianamente a constante heterogeneidade da sala de aula, ou seja, o professor. Segundo as autoras, “é fundamental que o professor/a se instrumentalize para observar, questionar e redimensionar seu cotidiano”.
Para tal, a prática tem que ser vista como ponto de partida, pois é dela que emerge as questões, as necessidades e as possibilidades de recomeço, assim é ela que esboça os caminhos a percorrer. Enfim, o educador deve ter um olhar investigativo, questionador sobre o cotidiano, auxiliado pelos conhecimentos que já se tem, visto que a centralidade do processo de formação, seja ela profissional ou pessoal, está na desconstrução e construção do conhecimento.
Assim, o constante movimento da ação-reflexão-ação gera transformações, ora pela compreensão real do fenômeno, ora pela busca de ações assertiva devido ao conhecimento profundo do problema.
Portanto “a concepção do professor pesquisador apresenta formas concretas de articulação, tendo a prática como ponto de partida e como finalidade, sem que isto signifique a supremacia da prática sobre teoria”. (Esteban e Zaccur, 2002).

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